Dicas de saúde
Fimose na Infância
Fimose na infância: mensagem aos pais
Os pais ou responsáveis pela criança devem ser informados sobre as vantagens e desvantagens da cirurgia de fimose e participar de qualquer decisão
Entende-se por fimose a impossibilidade de retrair a pele (prepúcio) que recobre a cabeça do pênis (glande). Todos os meninos recém-nascimentos apresentam fimose, mas com o passar do tempo o prepúcio torna-se retrátil e a glande pode ser exposta facilmente. Aos três anos, cerca de 10% das crianças ainda apresentam fimose e esta taxa cai para 1% na adolescência.
Alguns especialistas recomendam cirurgia rotineira de fimose na infância, argumentando, corretamente, que essa intervenção reduz os riscos de infecção urinária nesse período e de doenças venéreas, incluindo aids, na adolescência e idade adulta.
Médicos contrários à ideia afirmam, também corretamente, que educação sobre higiene local é suficiente para evitar irritações do prepúcio. Consideram ainda que cirurgias sempre carregam riscos de complicações, raras, mas possíveis, e que fimose quase sempre se resolve espontaneamente.
Como, então, orientar pais ou cuidadores zelosos?
Certamente, devem ser informados sobre as vantagens e desvantagens da cirurgia e participar de qualquer decisão. Em alguns casos a intervenção é solicitada por motivos religiosos, culturais ou pessoais e deve ser executada. Caso contrário, acho que é razoável instruir a mãe para realizar uma tração suave da pele que recobre o pênis no banho diário. Se a glande não pode ser exposta, a aplicação local de creme de cortisona ajuda a contornar essa situação.
Nas crianças com histórico de infecção urinária, de irritação repetida do prepúcio ou com formação de um anel rígido de pele que impede a retração e visualização da extremidade da glande, a correção cirúrgica da fimose deve ser cogitada.
Fonte: Dr. Miguel Srougi