Incontinência urinária pode atingir jovens? - IUN - Urologia

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Dicas de saúde

Incontinência urinária pode atingir jovens?

 

Recentemente a atriz inglesa Kate Winslet, estrela do filme Titanic, revelou que sofre de incontinência urinária ao tossir, espirrar ou fazer algum esforço. A doença pode atingir mulheres após o parto ou na menopausa.

A incontinência se caracteriza pela perda involuntária de urina, podendo ocasionar problemas de convívio social. Entre as causas estão genética, hormonal, envelhecimento, tabagismo, bexiga hiperativa, lesões medulares ou doenças do sistema nervoso.

Mãe de três filhos e com 40 anos, Kate Winslet tem a incontinência por esforço. Ainda há dois outros tipos: a de urgência e a mista.

O que é incontinência urinária?

É a perda de urina que você não consegue controlar. Muitos homens e mulheres sofrem de incontinência urinária. Não se sabe ao certo quantos, porque muitas pessoas não contam a ninguém sobre seus sintomas por se sentirem envergonhadas ou ainda por acharem que nada pode ser feito para tratar o problema. Por isso, elas sofrem em silêncio.

 

A incontinência urinária não é somente um problema físico. Ela pode afetar aspectos emocionais, psicológico e a vida social das pessoas. Muitos que têm essa condição têm medo de fazer suas atividades diárias normais para evitar expor o seu problema. Eles não podem ficar muito longe de um banheiro e evitam aglomerações de pessoas. Portanto, a incontinência urinária impede que as pessoas aproveitem a vida.

Muita gente acha que a incontinência urinária é um problema normal que surge com o envelhecimento. Mas isso não é verdade. E a incontinência urinária pode ser controlada e tratada. Converse com um urologista e descubra qual é a melhor opção de tratamento para você.

 

Quais são os tipos de incontinência urinária

Incontinência urinária de esforço: é a perda de urina que ocorre ao tossir, espirrar, caminhar, correr, pular. Ocorre quando os músculos do assoalho pélvico (músculos que cobrem a cavidade inferior da bacia e sustentam os órgãos que estão no abdômen) são forçados durante esforço físico e se tornam enfraquecidos ou alongados demais. Isso leva a perdas urinárias em episódios, podendo ocorrer em gotas ou em grande quantidade. Não existem medicamentos para esse tipo de incontinência urinária e as recomendações de tratamento estão na fisioterapia e na cirurgia.

Incontinência urinária de urgência: é a perda de urina associada a um desejo súbito e urgente de urinar, que ocorre porque o indivíduo não consegue chegar ao banheiro a tempo. É o que ocorre na bexiga hiperativa, uma situação na qual o músculo detrusor (músculo que forma a bexiga urinária) se contrai involuntariamente mesmo se a bexiga não estiver cheia. Muitas vezes a pessoa tem que urinar com muita frequência e em algumas vezes a urina escapa antes de chegar à toalete. Essa condição pode ser tratada de diversas maneiras, incluindo medicamentos, estímulos elétricos com equipamentos de fisioterapia, uso de toxina botulínica e implantes de estimulares elétricos nas raízes nervosas.

Incontinência urinária mista: algumas pessoas têm os dois tipos de incontinência urinária, ou tem sintomas que podem ser dos dois tipos e chamamos esta condição de incontinência mista. Algumas vezes são necessários exames mais específicos, chamados exames urodinâmicos, que ajudam a ter um diagnóstico preciso para escolher o melhor tratamento.

Incontinência urinária paradoxal: ocorre quando a bexiga está extremamente cheia e a perda urinária ocorre por uma espécie de transbordamento; o problema nesse caso é a incapacidade de esvaziamento da bexiga, mas o sintoma é a perda de urina. É o que ocorre em pessoas que perdem a sensibilidade da bexiga e não percebem que ela está cheia. Ou ainda em pessoas com obstrução crônica, como nos homens com crescimento da próstata. Nesse caso o tratamento consiste em melhorar o esvaziamento da bexiga.

Se você acha que pode ter incontinência urinária, procure um urologista e faça uma consulta. A maioria dos casos tem solução que pode até ser muito simples.

cc.large “Creative Commons The Woman I’ll Become / The Girl I Used to Be” por Jake Stimpson, usado sob licença CC BY / modificado do original